quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada. Lá sou filho do rei. Não sei se terei o homem que quero, pois ele continuará aqui. Mas ficarei com a cama vaga. Vou-me embora pra Pasárgada. Aqui sou feliz, mas me sinto desorientado. Lá a existência é estável e consequente. Farei caminhadas. Não andarei de bicicleta porque não sei fazer curvas. Mas tomarei muitos banhos de mar! E quando estiver cansado deito na beira da areia. Vou-me embora pra Pasárgada. Em Pasárgada tem menos coisas que aqui. Mas camisinha tem em todo lugar. As prostitutas eu não faço a mínima questão de conhecer. E quando eu estiver triste - lá sou filho do rei - lembrarei do homem que (não) deixei aqui e da cama vaga que é minha. Vou-me embora pra Pasárgada.

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