sábado, 25 de dezembro de 2010

"Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo amor?"

Ao Rio, ao ano e a ele

Chega ao final
Mais uma, de muitas, de todas
Mais que isso, tudo isso
Termina a atual
Não sei se foi a mais bela
A mais intensa e colorida
De minha parte e só minha
Foi simplesmente vivida
Cada frase, suspiro e paisagem
Não, não é isso
Não falo de nossa viagem
O palco do Rio, desfecho ideal
Apenas sela uma linha traçada
Seja lá ou aqui, é outra coisa que acaba
E agora, de volta
A caminho dessa tal realidade
Te jogo pra fora
E espero pacientemenete a nova história
De volta, te olho nos olhos
E sou eu quem diz não
Pra tua forçada pretensão
De fazer de nós a tua verdade
E esquecer que a minha é outra
Não te tiro do peito, querido
Aqui, te aceito
Só em mim, teus olhos e boca
E as lembranças mais loucas
Que a tua loucura criou
E o teu beijo nem meu
Que nem quando foi, foi meu
Tudo isso ainda vive em alguma gaveta
Estante, relógio, na minha cabeça
Mas é a tua presença
E de tuas frases e crenças
E as noites e os dias
E aquela coisa tão tensa
De que me despeço e te tiro
Num tiro, surto, na volta do Rio
E a onda me diz cada vez que o mar bate
Que da minha vida você
Já não faz mais parte

**Nunca imaginei passar a meia-noite de um Natal fumando em frente ao Terminal Santo André, com uma amiga e duas malas lotadas. Nunca imaginei fugir de casa no Natal. E nunca imaginei que Santo André seria o local de destino, não de fuga. Também nunca imaginei que guardaria esse poema por 1 mês, bateria na porta dele na véspera de Natal e entregaria. Bem, 2010 daria um livro, mas ainda faltam 6 páginas. Tomara que sejam belas.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"Agora era fatal
Que o faz de conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim"